Bombeiros e Policiais Militares ameaçam parar

Os policiais militares e os integrantes do Corpo de Bombeiros podem ser os próximos a paralisar as atividades no estado. Nesta terça-feira, 07, a categoria tem reunião marcada com representantes da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP) e Secretaria de Estado de Planejamento. O encontro ocorrerá às 13h na sede da SSP, na Vila Palmeira, onde serão expostos 16 itens de reivindicação debatidos durante reunião das duas categorias na semana passada. Caso as solicitações não sejam atendidas, bombeiros e policiais militares já sinalizaram pelo aquartelamento, que é a paralisação temporária das atividades.
Durante na semana passada, os dirigentes da Associação dos Servidores Públicos Militares do Estado do Maranhão (ASSEPMMA) queriam que a categoria fizesse uma reunião no início da noite de terça para analisar a contraproposta que for enviada pelo governo e decidir sobre a possibilidade de aquartelamento no dia seguinte. Contudo, em coro, os cerca de 250 membros presentes defenderam que a paralisação seja votada assim que o governo encerrar a reunião com a ASSEPMMA.

Eles decidiram que da sede da SSP, os militares e bombeiros andarão até o 9° Batalhão da Polícia Militar e lá farão a votação sobre o aquartelamento. Os participantes da reunião da semana passada se mostraram favoráveis à paralisação caso o governo não atenda às exigências das duas categorias. O foco das reivindicações é reformular o Plano de Cargos, Carreiras e Salários, incluindo a nivelação dos salários de Bombeiros e Militares com os salários da Polícia Civil. "A média recebida por um soldado é de R$ 2.028 e passaria para cerca de R$ 2.600, que é o valor bruto recebido por um policial civil", esclarece o diretor de assuntos políticos da ASSEPMMA pela PM, cabo Roberto Campos Filho. O pagamento de horas extras e de adicional noturno são outras bandeiras defendidas pelo movimento. "Há uma falta de sensibilidade em nos fornecer o que é de mais necessário. Temos uma jornada de trabalho exaustiva. Não estamos sendo tratados como homens trabalhadores e sim como animais", desabafou o diretor jurídico, sargento Aquino.