O juiz federal Ney Bello cobrou do Ministério Público Federal (MPF) o oferecimento da denúncia contra os investigados nos cinco inquéritos que compõem a Operação Boi Barrica (rebatizada de Faktor), que investiga a atuação de integrantes da família do presidente do senado, José Sarney (PMDB-AP). Titular da 1.ª Vara Criminal da Justiça Federal, em São Luís, no Maranhão, Bello é o responsável pela tramitação dos inquéritos.
Segundo ele, seis juízes já despacharam nos inquéritos que tramitam há cinco anos, mas até o momento os investigados não foram acusados formalmente. Bello também observou que e as investigações continuam sendo feitas pelo MPF e pela Polícia Federal. "Esperamos que o Ministério Público tome a decisão de pedir o arquivamento para os fatos que mereçam e ofereça denúncia quando couber", disse Bello.
O juiz foi cauteloso ao falar sobre o assunto e argumentou que ainda não havia recebido os documentos com a decisão da 6.ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que anulou provas da operação com base em interceptações que haviam sido autorizadas em sua vara criminal.
"Na verdade, a decisão de autorizar a quebra dos sigilos foi tomada por um juiz substituto e diz respeito à quebra de sigilo de e-mail. Só chegou um telex (informando) que houve o julgamento, mas ainda não recebemos a documentação. Precisamos conhecer os limites objetivos e subjetivos da decisão", afirmou na última terça-feira, ao atender a reportagem.
"Este processo é complexo e tem várias provas. É preciso verificar que provas foram anuladas. As provas que foram anuladas serão retiradas do processo e o que foi considerado válido será mantido", completou o juiz, evitando transparecer qualquer traço de resistência à decisão tomada pelo STJ.
Bello é neto mais velho de um ex-governador do Maranhão, Newton Bello, e professor de direito da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e do Instituto de Direito Penal (IDP), de Brasília. Veterano em processos polêmicos, ele atuou em casos como o da CPI de cargas roubadas e do narcotráfico que resultaram na cassação e condenação na Justiça estadual de dois deputados estaduais maranhenses no final dos anos 1990.
Segundo ele, seis juízes já despacharam nos inquéritos que tramitam há cinco anos, mas até o momento os investigados não foram acusados formalmente. Bello também observou que e as investigações continuam sendo feitas pelo MPF e pela Polícia Federal. "Esperamos que o Ministério Público tome a decisão de pedir o arquivamento para os fatos que mereçam e ofereça denúncia quando couber", disse Bello.
O juiz foi cauteloso ao falar sobre o assunto e argumentou que ainda não havia recebido os documentos com a decisão da 6.ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que anulou provas da operação com base em interceptações que haviam sido autorizadas em sua vara criminal.
"Na verdade, a decisão de autorizar a quebra dos sigilos foi tomada por um juiz substituto e diz respeito à quebra de sigilo de e-mail. Só chegou um telex (informando) que houve o julgamento, mas ainda não recebemos a documentação. Precisamos conhecer os limites objetivos e subjetivos da decisão", afirmou na última terça-feira, ao atender a reportagem.
"Este processo é complexo e tem várias provas. É preciso verificar que provas foram anuladas. As provas que foram anuladas serão retiradas do processo e o que foi considerado válido será mantido", completou o juiz, evitando transparecer qualquer traço de resistência à decisão tomada pelo STJ.
Bello é neto mais velho de um ex-governador do Maranhão, Newton Bello, e professor de direito da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e do Instituto de Direito Penal (IDP), de Brasília. Veterano em processos polêmicos, ele atuou em casos como o da CPI de cargas roubadas e do narcotráfico que resultaram na cassação e condenação na Justiça estadual de dois deputados estaduais maranhenses no final dos anos 1990.