Prefeito de Campestre está sendo mandado embora do PDT

Emivaldo Macedo foi eleito prefeito de Campestre do Maranhão em outubro de 2008, pelo Partido Democrático Trabalhista-PDT, teve apoio da cúpula estadual e regional do partido, porém, em 2010 declarou apoio ao PMDB, DEM, e PRB traindo seu grupo político que teve candidatos a Governador, Deputados Estaduais e Federais e Senador.
Por causa disso e do mau comportamento do gestor que vem deixando de cumprir muitas das obrigações de um prefeito, a direção regional do partido, se reuniu com a direção local do PDT em Campestre e decidiram pedir a saída imediata do prefeito, caso o mesmo tenha a intenção de se candidatar à reeleição, deixando claro que o partido terá outro nome para entrar na disputa.

Ao ser comunicado da exigência da direção do PDT Emivaldo Macedo, que não é parente de Deoclides, seguiu para São Luis onde se encontrou com o advogado Marco Aurélio Gonzaga, um dos assessores jurídicos da prefeitura de Campestre. Emivaldo Macedo queria dispensar os trabalhos do advogado uma vez que o mesmo é cunhado do prefeito de Porto Franco e esposo da deputada Valéria Macedo, ambos do PDT.

De acordo com informações do Secretário de Saúde de Campestre Francimar Araújo da Cunha, (conversa contada na mesa de um bar no posto de gasolina onde acontecem os encontros do prefeito com secretários, assessores e a imprensa) Marco Aurélio Gonzaga ofereceu ao prefeito Emivaldo Macedo outra sigla partidária ligada ao grupo Jackista, o PTC presidido no estado pelo deputado Edivaldo Holanda Braga, para se garantir na função hora ameaçada e dá ao prefeito a oportunidade de se candidatar a reeleição em 2012.

Nos últimos meses, a nome do prefeito Emivaldo Macedo e do primo Amarildo Macedo que está no exercício do segundo mandato de vereador vem sendo envolvido em escândalos que vão desde a suspeita de desvio de dinheiro a crimes de improbidade administrativa. Sem falar que a cidade de Campestre vive em constante abandono por parte do poder público local. As únicas obras que foram iniciadas nestes últimos anos estão sendo executadas com recursos federais, mesmo assim há suspeitas de que os serviços estão parados há mais de 30 dias por causa de suspeitas de desvio de parte dinheiro do projeto para pagar contas pessoais do prefeito, contas estas que teriam sido contraídas junto a agiotas no período das campanhas de 2004 e 2008.

A empresa subcontratada para fazer o gramado e o alambrado do campo de futebol, já dispensou parte dos funcionários porque não teria recebido nenhuma quantia de dinheiro sobre os serviços feitos. Também estão paralisados os serviços de construção de uma quadra poliesportiva que também estava sendo feita com dinheiro federal. As medições necessárias para liberação do dinheiro foi feita em 30 de junho e o dinheiro já teria sido liberado para a contratada. Se houve desvio do dinheiro tanto a empresa que assinou o contrato com caixa econômica e a prefeitura de Campestre, precisam prestar esclarecimentos sobre o atraso no pagamento da mão de obra dos operários da empresa local que até agora estão a ver navios.

Procuramos o prefeito para explicar a saída dele do partido e sobre as denúncias, mas, não o encontramos. Na prefeitura ninguém sabia dizer onde o prefeito estava. Procuramos então a assessoria de comunicação da prefeitura e fomos informados que o diretor do Departamento foi exonerado do cargo porque é pré-candidato a prefeito na cidade.