Em nota, Chiquinho tenta se explicar e acaba confirmando agressão a bancário


08 de maio de 2013    |    às 6:10 pm    |    Postado por:     |    
Chiquinho foi flagrado furando a fila da Caixa de Açailândia.
Chiquinho foi flagrado furando a fila da Caixa de Açailândia.
Depois de toda a repercussão negativa relacionada a humilhação de um servidor da Caixa Econômica Federal de Açailândia (relembre), o deputado federal Chiquinho Escórcio (PMDB) enviou nota ao blog em que dá sua versão sobre o caso.
- Eu me identifiquei e disse que queria falar com o gerente, e o mesmo me disse que o expediente só iniciaria às 10 horas. Insisti pedindo que ele fosse chamar o gerente. Ele respondeu que não iria chamá-lo, e, que o horário era às 10 horas. Eu, então não pude me conformar, procurei entrar na agência no sentido de falar com o gerente sobre essa situação incontrolável – justifica o araponga confirmando a agressão.
Na nota, o parlamentar ainda ressalta que pediu a demissão do funcionário.
- De repente, fui mais uma vez interrompido pelo terceirizado da portaria, que me repreendeu dizendo que lá fora a população estava revoltada com ele, e, que seria eu o grande culpado, no que achei impertinente e me senti desrespeitado, pedindo ao gerente que tomasse as providências cabíveis – relata.
Bancário agredido deu depoimento sobre o caso no Facebook.
Bancário agredido deu depoimento sobre o caso no Facebook.
O abuso do parlamentar acabou repercutindo na Assembleia Legislativa, onde os deputados estaduais Othelino Neto (MD), Bira do Pindaré (PT) e Zé Carlos (PT) exigiram a apuração dos fatos e condenaram a atitude do peniqueiro sarneyzista.
- É preciso ser apurado. Não é possível que um sujeito arrogante que já prestou diversos desserviços ao Maranhão fique por aí andando, falando besteira, agredindo as pessoas, como se não bastassem as vergonhas que ele já provocou ao Maranhão quando quis virar araponga lá por Brasília – defendeu Othelino da tribuna da Assembleia.
Leia a versão de Chiquinho Escórcio na íntegra:
Senhor Leandro Miranda,
Fiquei surpreso com a matéria noticiada em seu Blog falando de minha pessoa.
Primeiro, gostaria de relatar o que realmente aconteceu. O que houve é que recebi um telefonema denunciando a situação inaceitável da grande fila, principalmente, em dias que são pagos, simultaneamente, empresas, prefeitura, e, toda espécie de compromisso e transação comercial com a Caixa Econômica Federal – CEF. Chegando ao local com a imprensa nos acompanhando, quando me deparei com vários idosos, cadeirantes e uma incontável multidão ao sol quente, aguardando a abertura da agência às 10 horas da manhã. Ao conversar com essas pessoas fui informado que muitas chegam a partir de 4 horas da manhã, e, outras se infiltram para pegar senha de atendimento, depois às vendem para terceiros.
Ao ver aquela situação, me dirigi à agência e encontrei uma pessoa, que depois vim saber ser terceirizado. Eu me identifiquei e disse que queria falar com o gerente, e o mesmo me disse que o expediente só iniciaria às 10 horas. Insisti pedindo que ele fosse chamar o gerente. Ele respondeu que não iria chama-lo, e, que o horário era às 10 horas. Eu, então não pude me conformar, procurei entrar na agência no sentido de falar com o gerente sobre essa situação incontrolável. Quero dizer ao senhor que não sou correntista da CEF, e ali estava desempenhando um papel que é constitucional. Quando o gerente me viu, veio buscar-me na porta levando-me para sentar a sua mesa. Relatou que era positiva minha presença, pois assim poderia dar uma ajuda substancial junto à Brasília, para que resolvêssemos o que ele, também não concordava que seria a falta de condições técnicas, pessoais e estruturais.
De repente, fui mais uma vez interrompido pelo terceirizado da portaria, que me repreendeu dizendo que lá fora a população estava revoltada com ele, e, que seria eu o grande culpado, no que achei impertinente e me senti desrespeitado, pedindo ao gerente que tomasse as providências cabíveis.
Saindo dali, procurei, imediatamente, falar com o presidente da CEF, Sr. Fábio Lenza que estava em reunião e designou o gerente do setor competente para as tratativas. O mesmo, após ouvir as reclamações, disse que iria mandar uma equipe para apurar e tomar as medidas necessárias.
Por volta de 15 horas do mesmo dia, recebi um telefonema do superintendente da CEF/MA, Sr. Helio Duranti, pedindo desculpa pelo desacato do terceirizado, e, dando boas informações de que a CEF iria construir 2 (duas) novas agências da CEF em Açailândia, uma no Pequiá e outra no centro. Por volta de 18 horas o gerente da CEF de Açailândia, ligou pedindo que desculpasse o terceirizado, informando que o mesmo era boa gente e bom funcionário, no que respondi que não estava ali para punir ninguém, mas sim para resolver problemas que atingem uma população, e, que por minha parte este caso já estaria resolvido.
Senhor, esta é a verdade dos fatos, ao que peço a Vossa Senhoria a publicação destes, amparado pelo direito de resposta.
Deputado Francisco Escórcio – PMDB/MA – Vice-líder do PMDB