Operação Bota Fora vai recomeçar na primeira semana de fevereiro

A Operação Bota Fora, para combater os focos do mosquito Aedes aegypti nos bairros de São Luís, será retomada na primeira semana de fevereiro. A informação é do Programa Municipal de Combate à Dengue, coordenado pela Secretaria Municipal de Saúde (Semus).

Uma reunião entre Semus e Secretaria Municipal de Obras e Serviços Público (Semosp), que são parceiras na ação, acontece nesta segunda-feira, 24, para planejamento e fechamento do calendário. A ação está prevista para acontecer nos sete distritos sanitários da capital – Centro, Itaqui-Bacanga, Coroadinho, Bequimão, Cohab, Tirirical e Vila Esperança.

“No ano passado, tivemos uma ótima efetividade no combate aos focos do mosquito com a estratégia da Operação Bota Fora. A população participou ativamente, descartando objetos, pneus e restos de materiais que se encontravam nos quintais de suas casas”, destacou o coordenador do Programa Municipal de Combate à Dengue, Pedro Tavares.

O coordenador ressalta que, neste início de ano, quando o período chuvoso começa a se intensificar, é importante a retomada do Bota Fora. “O mosquito transmissor da dengue gosta de calor e de umidade. Portanto, se intensificarmos essas ações, com a ajuda da população da capital, vamos reduzir drasticamente os focos de proliferação do Aedes aegypti, principalmente os que se encontram bem próximos às residências ou nos quintais das mesmas”, informa Tavares.

Ao trabalhar na redução dos focos do mosquito com a Operação Bota Fora, que se soma à ação educativa dos agentes de endemias, a Semus manterá o índice de infestação predial pelo Aedes aegypti em São Luís abaixo de 1%. “Como conseqüência, manteremos a cidade fora de um risco de epidemia”, enfatizou Pedro Tavares.

Centro Histórico

A Semus ainda aguarda o posicionamento do Ministério Público quanto a situação dos imóveis do Centro Histórico que estão fechados, abandonados ou lacrados pelos proprietários e que dificultam o trabalho dos agentes de endemias no combate a dengue. Em setembro do ano passado, a Semus enviou documento solicitando a ação do MP, por meio da Promotoria Especializada da Defesa da Saúde, no sentido de intervir junto aos proprietários para que estes possam permitir o acesso dos agentes de endemias aos imóveis.

“Nós precisamos saber ao menos o que tem dentro do imóvel. A maioria está fechada pela própria deterioração do prédio. Alguns não exibem mais nem telhado e o proprietário, para evitar vandalismo, lacrou as entradas. Queremos saber se nesses imóveis existem criadouros do mosquito para tomarmos as medidas cabíveis”, esclareceu Pedro Tavares.

O coordenador do Programa Municipal de Combate à Dengue enfatizou que a Semus precisa do apoio do MP para legitimar as ações junto aos imóveis.