SÃO LUÍS - O presidente da Câmara dos Vereadores de São Luís, Isaías Pererinha, comentou sobre o cancelamento da audiência entre os professores grevistas e o Executivo Municipal.
"Todos os esforços foram feitos por mim, a vereadora Rose Sales (PCdoB)] para que houvesse a audiência pública e que se chegasse a um consenso com relação a crise na educação municipal. Só que a audiência não teria sentido sem a participação do Executivo. Por isso, nem começamos a sessão. Gerou um descontentamento por parte dos professores. Um deles chegou a agredir a Câmara de Vereadores, pois queria usar da palavra e foi impedido em virtude da audiência não ter acontecido. Ele disse que era uma palhaçada. Nós estamos apoiando os professores, mas não podemos aceitar desrespeito à Casa", argumentou.
Pereirinha garantiu que a Câmara vai se posicionar como intermediador do impasse. "Os professores estão no seu direito. O aluno não pode ficar sem aula. Se depender da Câmara estaremos como interlocutor da negociação. Agora, não podemos aceitar é que o movimento tenha objetivos político-partidário tendo em vista que determinados manifestantes não aceitam o diálogo", assegurou.
Indignação
O sentimento de revolta dos professores foi desencadeado quando o presidente da Câmara Municipal, Isaías Pereirinha (PSL), cancelou a audiência pública, pois, dos 21 vereadores, apenas dois estavam presentes. Apenas o presidente da Casa e a vereadora Rose Sales estavam na Câmara para a audiência.
Os professores estão em greve desde o dia 31 de janeiro e nenhuma negociação com a administração municipal foi iniciada.
Atualmente, mais de 90% das escolas estão fechadas, os professores estão sem receber benefícios de acordos firmados em 2010.