Ônibus quebrado: fingimento?
É desesperadora, para usuários e empresários, a situação do sistema de transporte coletivo de São Luís.
Nesta quarta-feira (7), o blog já presenciou três situações de ônibus quebrados em avenidas da capital – dois na Colares Moreira e um na Jerônimo de Albuquerque – que podem ser a prova do que nos revelou uma fonte do SET há duas semanas.
Segundo esse interlocutor, os ônibus não estão quebrando. Os empresários é que teriam instruído motoristas a anunciar que os carros “deram prego” para impedi-los de rodar e, assim, economizar com combustível e depreciação dos veículos.
Ocorre o seguinte: desde o início do ano, são constantes as reclamações de usuários que dizem ter diminuído a frota nas ruas. O resultado são períodos maiores entre um ônibus e outro da mesma linha, causando desconforto e longas esperas.
A decisão de diminuir o número de carros partiu de alguns empresários. Eles dizem estar operando no vermelho, já que a passagem não aumentou nos últimos meses. Um reajuste estava previsto para janeiro, mas os protestos em Teresina, justamente devido ao aumento dos preços das passagens, amedrontaram a classe, que temia por uma revolta popular também na capital maranhense.
Some-se a isso o fato de que maio é a data-base dos motoristas e cobradores. Todos terão, no mínimo, reposição de inflação. Fora o aumento do preço de pneus, diesel, sem contar a fraude no sistema de gratuidade no transporte local. “Tem muita gente usando indevidamente cartões de idosos, deficientes e estudantes”, diz nossa fonte.
Os empresários se dizem reféns de todas essas variáveis e alegam estar tendo sérios prejuízos.
Mesmo assim, a SMTT pressionou para que o SET obrigasse seus filiados a manter a frota normal em operação. Chegou-se a ameaçar tomar dos empresários algumas concessões de linhas.
Foi então que os empresários teriam concordado com a determinação de manter 100% dos veículos nas ruas e teriam colocado em prática o plano de fingir que os ônibus estão quebrados para continuar operando com menos prejuízo.
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