Agência Assembleia
A Comissão de Obras e Serviços Públicos da Assembleia Legislativa reuniu-se, na manhã desta terça-feira (27), na Sala das Comissões, com representantes da EP Engenharia, Comércio e Representações, empresa responsável pelas obras de reforma do Aeroporto Internacional Marechal Cunha Machado.
Durante a reunião de trabalho, o presidente da Comissão de Obras e Serviços Públicos, deputado Carlinhos Amorim (PDT), e os deputados Eduardo Braide ((PMN) e Vianey Bringel (PMDB) pediram explicações ao corpo técnico da EP Engenharia sobre os motivos pelos quais tem havido sucessivos atrasos no cronograma de conclusão das obras do aeroporto.
O diretor operacional da EP Engenharia, engenheiro Carlos Pinheiro, e o advogado da empresa, Iuri Monteiro, forneceram aos parlamentares informações sobre o andamento das obras que, pelo contrato firmado com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), deveriam ter sido executadas no prazo de 150 dias, ao valor de cerca de R$ 10,4 milhões.
Entretanto, ocorreram problemas que, segundo a EP Engenharia, somente agora estão sendo contornados. O advogado Iuri Monteiro foi enfático ao afirmar que o atraso das obras não é de responsabilidade da EP Engenharia, frisando que a Infraero não forneceu projetos executivos que deveriam ter sido providenciados para a execução de cada etapa específica da obra.
O engenheiro Carlos Pinheiro explicou que a obra contratada, e que deveria ter sido concluída em dezembro de 2011, não se limita à reforma do telhado do aeroporto, que estava sob risco iminente de desabamento.
“Na verdade, trata-se de uma obra multidisciplinar, que engloba serviços adicionais e obras civis de hidráulica, mecânica, elétrica e inclui ainda sistema de proteção de descarga atmosférica”, explicou o engenheiro Carlos Pinheiro.
Segundo ele, foi esta circunstância que levou à interdição parcial do Aeroporto Internacional Marechal Cunha Machado. O terminal de passageiros foi interditado e realocado em uma área de estacionamento. Carlos Pinheiro informou que a falta de projetos executivos, que deveriam ter sido fornecidos pela Infraero, causou graves problemas para o planejamento global da obra, que acabou tendo sucessivos atrasos em seu cronograma.
O advogado Iuri Monteiro fez questão de assinalar que a EP Engenharia sempre primou pela boa qualidade de seus trabalhos e que enviou comunicados tanto à Infraero quanto ao Ministério Público Federal dando conta de que diversos projetos executivos não lhe haviam sido entregues para a execução das obras.
O engenheiro Carlos Pinheiro encerrou sua explanação dizendo que a EP Engenharia é uma empresa genuinamente maranhense, “que se sente extremamente incomodada com esta situação”.
CRONOGRAMA ADIADO
Os deputados da Comissão de Obras e Serviços Públicos afirmaram que causou preocupação em diversos segmentos da sociedade a informação de que a conclusão das obras de recuperação do terminal de passageiros do Aeroporto Cunha Machado foi adiada para o dia 27 de maio deste ano. E que o valor estipulado das obras passou de R$ 10,4 milhões para R$ 12,7 milhões, de acordo com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).
O deputado Eduardo Braide disse que a reunião desta terça-feira foi importante porque os técnicos da EP Engenharia prestaram informações esclarecedoras.
Ele lembrou que o prazo de conclusão da obra já foi adiado por problemas técnicos outras três vezes. A última alteração ocorreu em dezembro do ano passado, quando a Infraero estendeu a finalização da reforma até o dia 31 deste mês. Antes, a entrega estava prevista para 31 de janeiro deste ano.
Ao final da reunião, o deputado Carlinhos Amorim sugeriu que a EP Engenharia tome a iniciativa de informar a sociedade, através de uma nota à imprensa, sobre as razões que levaram ao atraso nas obras do aeroporto.
A Infraero, através de nota à imprensa, já informou que o terminal de passageiros será climatizado e terá uma cobertura completa para embarque e desembarque de passageiros. Outra modificação diz respeito ao número de posições de check-in, que passará de 24 para 30 posições.
Ainda haverá uma ampliação do espaço físico da sala de embarque, de 350 m² para 500 m², além da instalação de um novo espaço comercial.
Depois da entrega das obras, segundo a Infraero, o desembarque provisório no antigo terminal de cargas da Vasp (que está sendo utilizado como terminal de passageiros) continuará sendo utilizado para embarque remoto de voos domésticos em decorrência da crescente demanda de usuários.