Lenno Edroaldo
Agência Assembleia
Durante pronunciamento realizado no tempo destinado aos blocos da Assembleia Legislativa, o deputado Marcelo Tavares (PSB) denunciou que a reforma do Hospital do Ipem poderá ter o mesmo valor dos recursos destinados para a construção da Via Expressa, aproximadamente R$ 100 milhões.
Segundo o parlamentar, este valor já foi divulgado no Diário Oficial do Estado e diz respeito a contratos feitos sob dispensa de licitação para que a empresa Fujita reformasse o Hospital Carlos Macieira.
O problema, de acordo com o líder de oposição, é que o valor do primeiro contrato foi repassado de forma integral e a obra não foi concluída. Agora, um novo contrato, uma vez mais sob dispensa de licitação foi firmado entre a Secretaria de Saúde e a empresa, para que a reforma enfim fosse concluída.
“Depois da reforma ter sido feita somente parcialmente, só dois andares foram reformados. Vi no Diário Oficial o contrato onde a mesma empresa que não fez da primeira vez a obra totalmente, agora sendo contratada para fazer de novo o que ela não fez da primeira vez: a reforma do hospital. São quase R$ 40 milhões, R$ 40 milhões da primeira e R$ 40 milhões da segunda. Isto se não houver um aditivo de 50% como manda a lei em reformas”, denunciou.
O deputado comparou o valor pago à Fujita ao orçamento destinado à construção da Via Expresa, que ligará os bairros do Jaracaty à Avenida Daniel de La Touche à altura do Ipase e protestou: “Eu acredito que na argamassa está sendo colocado ouro em pó no lugar de areia. Devem estar colocando ouro em pó na reforma do Hospital Carlos Macieira. Aí eu me lembro daquelas crianças que morreram na Região Tocantina por falta de UTI. Crianças para mim, na minha ótica, são anjos, quantos mais vão ter que morrer no Maranhão?”, questionou.
Tavares aproveitou a oportunidade para afirmar que utilizará de expedientes, assim como os demais membros da Oposição, para que busque maiores informações sobre estes gastos.
SOLIDARIEDADE
O parlamentar também manifestou solidariedade ao Major Ismael de Sousa Fonseca, da Polícia Militar, que ganhou uma ação judicial onde pleiteava sua promoção a Coronel. No entanto, até o momento o governo estadual não teria concedido a promoção.
“A governadora agora não quer cumprir a decisão judicial que o promove a Coronel. Ficarei vigilante e dizendo que é obrigação da governadora cumprir ordem judicial e não prejudicar quem quer que seja. A justiça, boa ou má, concordemos ou não com ela, deve ser respeitada e precisa ser respeitada para que possamos continuar vivendo num estado de direito”, afirmou.