O prefeito de São Luís, João Castelo, e a empresa Santa Cruz Engenharia assinaram, na manha desta terça-feira (27), contrato no valor de R$ 4 milhões e 800 mil (R$ 4.800.000) para iniciar a obra de ampliação e retificação do Canal do Coroado. A ação faz parte do Programa de Recuperação Ambiental e Melhoria da Qualidade de Vida da Bacia do Bacanga.
João Castelo disse, em seu pronunciamento, que a iniciativa atende a uma antiga reivindicação da comunidade do Coroado e de bairros adjacentes, que há várias décadas sofrem com problemas de enchentes no local. “Esta é uma obra de macro-drenagem que resolverá os transtornos de alagamentos, eliminando riscos à saúde e gerando qualidade de vida à população”, enfatizou.
Em março do ano passado, o prefeito determinou a inclusão do Canal do Coroado no Programa Bacanga com o objetivo de encontrar soluções para os graves problemas de alagamentos e saneamento básico da comunidade. Segundo João Castelo, trata-se de uma obra da maior relevância para a macro-drenagem da bacia hidrográfica, onde atualmente encontram-se consolidados o Coroado e parte dos bairros do Filipinho e do João Paulo.
Durante a assinatura do contrato, o secretário municipal de Projetos Especiais, Francisco Barros, destacou o empenho da administração João Castelo em resgatar o Programa Bacanga, que está sendo realizado em parceria com o Banco Mundial (Bird), e de, sobretudo, incluir o Canal do Coroado nas ações. “Graças ao esforço conjunto do prefeito e de sua equipe foi possível direcionar recursos para essa obra, que a população espera ansiosamente”, frisou.
Ampliação do Canal - O engenheiro técnico da Secretaria Municipal de Projetos Especiais (Sempe), Paulo Lima, explicou que, pelo projeto executivo elaborado, o Canal do Coroado será ampliado até o Rio das Bicas, passando pela Avenida dos Africanos. O trecho prolongado terá 354,2 metros de extensão com 2m de altura e 6m largura, feito com material de concreto.
“Os alagamentos ocorrem por que não há condições de escoamento das águas, haja vista que o canal vai somente até a rua Almeida Garret, no bairro do Coroado. Com a obra, os fluidos poderão escoar até o Rio das Bicas, realizando seu curso natural, solucionado, assim, o problema de drenagem que existe”, ressaltou Paulo Lima.
A obra beneficiará 15 mil pessoas de bairros adjacentes ao Canal, entre Coroado, Filipinho e João Paulo. Na região, será implementado um amplo conjunto de ações que incluem urbanização e paisagismo.
O engenheiro técnico informou, ainda, que haverá uma rede interceptora que fará a coleta do esgoto e o canalizará até a estação de tratamento do Bacanga. “Lá, o esgoto será tratado para que não possa ser despejado in natura no rio de modo que não prejudique o meio ambiente”, destacou.
O presidente da União de Moradores do Bairro Coroado (UMBC), Carlos Magno, em nome da população do bairro, agradeceu ao prefeito João Castelo pela ampliação do Canal do Coroado e disse que a obra garantirá mais dignidade e melhor qualidade de vida para todos da área.
“Com a realização dessas obras, que estamos solicitando há mais de 20 anos, nosso bairro se livrará de um grande sofrimento. Ela nos dará tranquilidade, já que vai resolver, de uma vez por todas, esse entrave das enchentes”, declarou.
Também estiveram presentes à solenidade, o sócio gerente da Santa Cruz Engenharia, Edivaldo Sousa Sobrinho, o vereador Vieira Lima, secretários municipais, além de convidados e demais autoridades.
O programa - Dos US$ 59,4 milhões orçados para o programa Bacanga, o Banco Mundial financiará 60% (US$ 35,6 milhões) e a Prefeitura de São Luís entrará com a contrapartida dos 40% (US$ 23,7 milhões). Ele está centrado em quatro eixos: urbanístico, socioeconômico, ambiental e institucional.
Os primeiros contratos para a execução do Programa Bacanga começaram a ser assinados no primeiro semestre deste ano. Em maio, João Castelo firmou, no auditório Reis Perdigão do Palácio La Ravardière, contrato com o consórcio vencedor da licitação para a elaboração do Plano de Desenvolvimento Econômico Local de São Luís (DEL), no âmbito do Programa Bacia do Bacanga, em parceria com o Banco Mundial, por meio das secretarias municipais de Planejamento (Seplan) e Extraordinária de Projetos Especais (Sempe).
O programa visa à recuperação ambiental da Bacia do Bacanga e a um amplo conjunto de ações que vai gerar urbanização e melhoria da qualidade de vida a uma população de 238 mil pessoas, beneficiando 45 bairros da região.
Estão previstos ainda a construção de uma orla de 41 Km do Rio Bacanga com espaços públicos de vivência comunitária; serão 39 Km de vias pavimentadas com ciclovias e vias de pedestres; a construção de 500 casas planejadas com tecnologia ambiental e social; 190 mil metros quadrados de área verde, entre praças e parques; além de mais de 97 mil metros de rede coletora de esgotos entre outras realizações.