UFMA decide fechar portões utilizado pela comunidade

Isso porque é uma comunidade carente: Uma comissão formada por estudantes da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e por moradores de bairros vizinhos esteve reunida na manhã de ontem, na universidade, para tratar da decisão da reitoria de fechar os portões de acesso utilizados pela comunidade. A principal alegação da reitoria é que a entrada de pedestres facilita a ação de marginais e aumenta o número de furtos cometidos nas dependências da instituição. Uma nova reunião, marcada para o dia 15 de agosto, deve definir sobre o fechamento definitivo ou não da passagem.

A decisão do reitor Natalino Salgado seria mais uma forma de aumentar a segurança no campus, que tem conseguido reduzir o número de casos de furtos e assaltos. O problema é que as entradas são usadas, também, por funcionários e estudantes, para diminuir o tempo de deslocamento ou economizar o dinheiro que seria gasto com a passagem de ônibus.

O funcionário Marcos José França de Jesus acredita que, com o fechamento das entradas de pedestres da UFMA, muitas pessoas terão seu direito cerceado, visto que o acesso já é tido como um benefício para a população que precisa chegar até a Avenida dos Portugueses. "Há vários anos a comunidade e os próprios estudantes usam esses acessos para chegar mais rápido à universidade e à avenida", destacou o funcionário.

O estudante do curso de História Eliéser Barros sugeriu que fossem contratados seguranças e feitos mais investimentos para que a população não seja prejudicada pela medida. Para ele, existem outras formas de se resolver a questão, que não seja o isolamento das passagens. "Se tivessem seguranças, pelo menos durante as aulas, continuaria facilitando o nosso trânsito por ali", disse.

Reunião

A UFMA foi representada na reunião pelo prefeito de Campus, professor Antônio Cordeiro Feitosa, que defendeu a possibilidade de entendimento entre as duas partes sem que a instituição necessite fazer maiores investimentos no setor de segurança. Feitosa ressaltou que a construção do muro foi muito contestada na época e hoje deixa a comunidade mais tranqüila.

- Embora a universidade seja pública, o acesso às suas dependências precisa acontecer de forma regulada, porque algumas pessoas mal-intencionadas utilizam alguns pontos como esconderijo depois de praticar pequenos furtos - explicou. O prefeito do Campus também descartou a hipótese de contratação de vigilantes e relatou as apreensões de armas brancas pela segurança do campus. "Uma equipe formada por quatro seguranças custa aproximadamente R$ 8 mil e toda contratação necessita de uma licitação que demanda tempo", finalizou Feitosa.

No fim do debate e sem uma conclusão, a comissão marcou nova reunião para o dia 15 de agosto, com a presença do reitor da UFMA, Natalino Salgado. Até a próxima reunião, os portões continuarão abertos e a segurança mantida durante as aulas.